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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ACOMPANHAMENTO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA MUNICIPAL COMANDANTE FONTOURA EM SANTO ANTONIO DO FONTOURA, DISTRITO DE SÃO JOSÉ DO XINGU, NO DIA 17 DE AGOSTO DE 2009.
A professora Judite conduziu muito bem a aula, instigando os alunos a participarem. Iniciou pedindo para que fizessem leitura silenciosa e em seguida fez perguntas relacionadas às imagens. Trata-se de um texto de Eva Furnari, em que a personagem bruxinha encontra-se em sete cenas desordenadas. Os alunos teriam que numerar as cenas de acordo com a seqüência dos acontecimentos e em seguida recontar os fatos observando os elementos coesivos possíveis nessa produção textual.

Ao final da aula em conversa com a professora discutimos sobre como proceder diante das dificuldades apresentadas pelos alunos no que se refere à produção de textos. A referida professora propôs trabalhar com a refacção coletiva dos textos, seguindo algumas orientações e sugestões trabalhadas na oficina do dia 18 de agosto (dia anterior).
A professora interessou-se pelo desenvolvimento dos portifólios dos alunos, alegando que é uma ótima estratégia para conscientizar os mesmos da necessidade de melhorar aspectos como: paragrafação, ortografia, pontuação e outros. Demonstrou interesse e disposição para com o trabalho de produção e refacção de textos, dispôs ainda levar o relato dessas experiências para o próximo encontro.

A professora Renata trabalhou a produção de classificado de jornal e o classificado poético. Nesse dia os alunos já estavam em processo de refacção dos textos. O objetivo desse trabalho foi mostrar a diferença de um classificado de jornal e um classificado poético, mostrando a diferença de linguagem utilizada nesses dois gêneros textuais. Montou na sala dois murais onde fixou todas as produções realizadas pelos alunos.
Mas... o que mais chamou a atenção foi a interatividade dessa turma. Uns ajudando os outros e com paciência. Isso nos faz lembrar da teoria Vygotsky (ZDP). Para ele o desenvolvimento dos processos conginitivos é resultado de uma atividade mediada. Nesse sentido a aprendizagem se dá em colaboração entre as crianças e entre elas e os adultos. O mediador é aquele/a que ajuda a criança executar uma atividade que ela ainda não seria capaz de realizar sozinha. O/A professor/a e os colegas com maior experiência são os principais mediadores da escola.

texto de uma aluna de 13 anos
Diante da discussão realizada com as professoras Renata e Judite, pudemos refletir sobre o trabalho com a leitura e escrita na sala de aula. Foi um momento de reflexão. Espero que esse momento que pra mim foi tão rico, tenha contribuido de alguma forma para o desenvolvimento do trabalho pedagógico e para o crescimento teórico dessas educadoras que muito tem se esforçado no intuito de contribuir para uma educação de qualidade.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AS COISAS QUE QUEREMOS E PARECEM IMPOSSÍVEIS SÓ PODEM SER CONSEGUIDAS COM UMA TEIMOSIA PACÍFICA!!!
Mahatma Gandhi

SOCIALIZAÇÃO DA TP1:

No dia 18/o8 – oficina com a turma de São José do Xingu (distrito de Santo Antônio do Fontoura) e Santa Cruz do Xingu;
25/08 – Canabrava do Norte;
31/08 – Porto Alegre do Norte;

Iniciamos os encontros com a realização de duas dinâmicas: bip-bop-zum e a biodança. Essas dinâmicas foram realizadas em conjunto com a turma de matemática. A primeira consistia em testar os reflexos através de comandos ordenados. A segunda, biodança, consistia em um círculo em que cada um entrava na roda e dançava conforme a música. Os cursistas adoraram porque ouvimos uma seleção de músicas desde a década de 70 até os dias atuais com ritmos variados. Foi uma verdadeira de terapia de relaxamento. Em todas as oficinas realizadas, priorizamos iniciar com uma avaliação da primeira etapa do curso. Foi muito bom conversarmos sobre as oficinas anteriores. Fizemos uma dinâmica para essa socialização. Desenhamos uma árvore no quadro, posteriormente cada um colocava um ou dois galhos nesta árvore. Esses galhos seriam as palavras que traduziam a avaliação do primeiro semestre do curso. Palavras como: Apoio, inovação, Compromisso, satisfação, Teoria e prática, aprendizado, resultado positivo, desafio, compromisso, dedicação e tantas outras...
Refletindo sobre os encontros anteriores em comparação ao encontro de agosto posso dizer que houve crescimento. Os cursistas estão trazendo suas experiências vividas em sala de aula e traçando uma reflexão teórica de acordo com suas necessidades. Sempre ouço muitos colegas dizerem que o tempo é pouco diante de tantas necessidades, compromissos e cobranças que nos cercam. No entanto, ainda temos esperança de uma educação melhor, com qualidade. A proposta de reflexão teórica para a realização desta oficina foi avaliação diagnóstica de textos de alunos, com proposições de estratégias de reescrita. A partir de um texto real de aluno, levantamos hipóteses em relação aos conhecimentos que este possui. A princípio muitos professores citaram aspectos como coerência, coesão, paragrafação redundância, pontuação, marcas da oralidade e ortografia. O interessante nessa oficina é que dava pra perceber nos grupos de discussão, que os professores ao analisarem os aspectos a serem melhorados no texto escrito por um aluno, perceberam todo o discurso do texto, ou seja, perceberam as relações de sentido da interlocução. Porém, no momento da socialização no grupão, alguns colegas, transmitia uma certa insegurança em expor essas idéias, talvez por falta de hábito desse tipo de comentário ou mesmo por falta de apoio nesse sentido. Foi bastante discutido o velho discurso de correção de textos. Aquela correção tradicional que se tornou o cânone no trabalho de reescrita de textos. Sobre esse aspecto Conceição Aparecida de Jesus (2004), traz muitas contribuições, afirmando que muitas vezes nos deparamos com propostas de trabalho de produção de textos em que a reescrita transforma-se numa “espécie limpeza”, em que o objetivo principal consiste em eliminar as “impurezas” previstas pela profilaxia lingüística, ou seja, os textos são analisados apenas no nível da transgressão ao estabelecido pelas regras de ortografia, concordância e pontuação, sem se dar a devida importância às relações se sentido emergentes na interlocução. Como resultado, temos um texto, quando muito, “lingüisticamente correto”, mas prejudicado na sua potencialidade de realização. Não estou afirmando que os professores não tem essa consciência, pelo contrário, são sabedores de tal afirmação. Porém, penso que falta isso se consolidar na escola como prática de correção e reescrita de textos. Essa idéia foi discutida e debatida. Houve muitas contribuições no intuito de buscar uma prática eficaz no trabalho de reescrita de textos. Levei para o grupo as idéias e contribuições que Conceição Aparecida traz no texto “Reescrevendo o texto: a higienização da escrita”. Todos apreciaram por trazer idéias com que familiarizamos, mas muitas vezes não se consolidam na prática pedagógica. Na seqüência, os grupos de trabalho levantaram estratégias para se trabalhar a reescrita dos textos dos alunos, baseadas nas experiências vividas em sala de aula e nas idéias de Conceição Aparecida. Nesse processo de busca pelo aperfeiçoamento de trabalho com a reescrita, retomamos muitas discussões anteriores trabalhadas nas tp3, tp4 e tp5. Assuntos como estilística, gêneros textuais, seqüências tipológicas, coerência e coesão e outros... Outro aspecto importante discutido nesse encontro foi a avaliação formativa que segundo Domingos Fernandes (2006), trata-se de uma avaliação interactiva, centrada nos processos cognitivos dos alunos e associada aos processos de feedback, de regulação, de auto-avaliação e de auto-regulação das aprendizagens. Para esse crítico, os professores da atualidade não têm clareza do conceito de avaliação formativa empregado nos últimos 30 anos, ou se tem não a pratica da forma devidamente correta. Como trabalhamos estratégias de reescrita de textos de alunos, foi inevitável levantar questionamentos do processo de avaliação das produções dos mesmos. Ao final da discussão desses assuntos, chegamos à conclusão de que para se trabalhar com a produção textual de forma significativa, além de ter conhecimentos específicos teórico-metodológicos, o professor deve ter clareza de como trabalhar com a avaliação formativa, ou seja, deve-se perguntar sempre “para quê estou avaliando esse trabalho? Qual o objetivo que pretendo alcançar com esse determinado procedimento? Que atitude devo tomar em relação aos problemas detectados nos textos que meus alunos escrevem? Tais questionamento e tantos outros são necessários para que a avaliação não seja uma punição para o aluno e nem um fantasma para o professor. Mas sim uma ferramenta diagnóstica que auxilia o professor e o aluno, para que tenham êxito no processo de ensino-aprendizagem. Porque o processo de ensino-aprendizagem, assim é chamado por traduzir a idéia de que esse processo é uma troca de saberes, é uma troca de experiências. O aluno aprende com o professor e o professor aprende com o aluno.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MATO GROSSO É MESMO TERRA DE GIGANTES!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Oficina realizada em Canabrava do Norte em 02 de julho de 2009 na Escola Estadual Elias Bento.



No dia 02 de julho, realizamos mais um encontro em Canabrava do Norte. Iniciamos com a socialização das atividades "Avançando na prática" e discutimos as atividades desenvolvidas no tp5: Estilística, coerência e coesão textual. Na seqüência, realizamos uma dinâmica de produção de texto. Essa dinâmica consiste em distribuir várias imagens pelo chão. As imagens tem que ser dispostas para baixo, de maneira que ninguém perceba o que aparece na cartolina ou em outro papel que foi colada a imagem. Em seguida os componentes do grupo vão pegando cada um, uma imagem. No entanto, não pode ser todos de uma só vez. Cada um que pegar uma imagem dá a sua contribuição para o texto que alguém iniciou. Essa experiência foi excelente, pois ao se deparar com a imagem cada cursista reagia de uma maneira e criava a sua parte do texto, tentando dar seqüência ao que o colega iniciou. Desde o inicio houve uma preocupação em criar uma história que fosse coerente com a imagem escolhida. Com o texto pronto tecemos vários comentários sobre a estilística, coerência e coesão no texto. Foi um processo dinâmico.

Oficina em Porto Alegre do Norte: 04 de julho de 2009, Escola Estadual Quirino de Souza.

No dia 04 de julho de 2009 realizamos mais um encontro para realização das oficinas do Gestar II. O encontro foi realizado na Escola Estadual Quirino de Souza durante o dia todo. É importante enfatizar a participação dos cursistas que estão se empenhando na resolução das atividades e principalmente na aplicação do avançando na prática. Assim como os cursistas de São José do Xingu e Santa Cruz, os cursistas dessa turma também trouxeram uma discussão teórica metodológica sobre estilística, coerência e coesão textual. Comentaram as atividades desenvolvidas em sala de aula, trazendo alguns questionamentos importantes em relação ao processo de leitura e escrita. Essas indagações criaram expectativas em relação ao desenvolvimento do projeto que deve ser elaborado como cumprimento das exigências do curso em andamento. No entanto, observei que a maioria dos professores estão preocupados em desenvolver projetos objetivando organizar e coordenar as situações de aprendizagem e gerindo ao mesmo tempo sua própria formação contínua e não só como cumprimento de uma tarefa. Nesse aspecto percebo que esses encontros têm propiciado o pensamento crítico a cerca do trabalho docente.




Produzir um texto a partir de imagens dando seqüência as idéias que já forma colocadas, parece uma tarefa muito simples, mas nem tanto. Na realização dessa oficina, houve discussão entre os participantes, pois cada um queria dar sua opinião quando percebia que o colega tinha dificuldade em dar seqüência à história que havia sido iniciada por outro colega. Essa dinâmica acontece da seguinte forma: espalha-se várias imagens no chão e a turma senta-se circulo. Na seqüência, um colega pega uma figura e inicia uma história, um segundo colega pega uma figura e tem que dar continuidade à história que o primeiro colega iniciou. E assim sucessivamente até que dê um final para o texto. Foi interssante desenvolver essa atividade, porque a partir do momento em que estávamos produzindo o texto, percebemos a importância de se desenvolver atividades práticas em que os alunos percebam a seqüência lógica dos fatos, dos acontecimentos. Foi uma situação divertida, principalmente no final, porque ao encerrar o texto com a última figura que havia, ou seja, quando o último colega da roda pegou a figura e construiu sua parte do texto, perguntei a todos se o texto estava pronto. A situação foi polêmica, porque havia opiniões diferentes para desenrolar o final da história. Foi um processo dinâmico em que discutimos no texto, mesmo sendo um texto simples, a estilística, a coerência e coesão textual. É que o texto coletivo deixou marcas de todos que o comporam.




Esse poema, "Sitiozinho Qualquer" foi realizado pela Débora, aluna da 5ª série, da professora Juliana, da Escola Municipal Colônia Goiás I.







A professora Vagna para motivar a leitura organizou uma dinâmica com balões....
Todos queriam participar....
É interessante observar a interação em sala de aula, porque a dinâmica consistia em trabalhar em grupo para conseguir interpretar o texto que estava dentro do balão. Nesse contexto o trabalho de equipe era necessário a todo momento. Desde a disposição para chegar primeiro, encher os balões, levar o texto a conhecimento dos demais colegas, lendo com atenção e discutindo para conseguir responder os questionamentos propostos. Foi sem sombra de dúvidas uma aula maravilhosa. Dava pra perceber o entusiasmo dos alunos e a disposição para o trabalho coletivo....PARABÉNS PROFESSORA VAGNA.....
OFICINA 9 REALIZADA EM SÃO JOSÉ DO XINGU
NO DIA 23 DE JULHO DE 2009.

Neste dia realizamos a socialização das unidade que compõem a tp5. Foi uma discussão interessante e de muitas contribuições. A partir das discussões realizadas percebemos a importância da estilística, coerência e coesão textual. Os cursistas comentaram os textos e sua especificidades em relação aos aspectos propostos para esse dia. As atividades que mais repercutiram foram os textos que associam linguagem verbal e não verbal, como as tirinhas, charges, histórias em quadrinhos e outros... Na fala de alguns cursistas os próprios professores apresentam uma certa dificuldade de interpretar determinados textos de linguagem mista, pois requer do leitor todo um conhecimento prévio daquilo que está posto. Foi o que ocorreu com a análise de uma charge da página 83 da tp5. Na charge aparece o presidente Lula com um retângulo na mão, o qual teria que encaixar numa base. À base tem três espaços e cada espaço o possui um formato. O retângulo na mão do presidente não se encaixa em nenhum dos espaços da base. O retângulo na mão do presidente representa o FMI. Nesse caso, se o leitor não souber o que é o FMI e o que ele representa para a econômia brasileira, o leitor fica impossibilitado de inferir sentido ao texto. O leitor para entender esta charge necessita ter alguns conhecimentos prévios. Assim retomamos o que Eni Orlandi nos traz sobre o processo de leitura. Na concepção dessa autora, o leitor é que constrói o sentido do texto. Desse modo, surgiu então uma preocupação com os trabalhos de leitura realizados com nossos alunos. Os professores questionaram: - Se eu tive dificuldades para compreender essa charge, imagina os nossos alunos?